ONU pede que Irã pare de perseguir minorias religiosas

Um grupo de relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu às autoridades do Irã que parem de perseguir e assediar as minorias religiosas no país. Em comunicado conjunto, os especialistas afirmaram que a religião está sendo usada para reprimir o exercício de direitos fundamentais. No documento, eles expressaram “profunda preocupação” com o desaparecimento de integrantes da religião Bahá’í.

Para o grupo, esses são sinais e políticas de uma perseguição sistêmica. Até abril deste ano, havia mais de 1 mil simpatizantes da religião esperando para serem condenados à prisão após indiciamento. Ainda no documento, os especialistas afirmam que os atos não são isolados, mas sim parte de uma política mais ampla de alvejar qualquer prática religiosa que discorde do islã. 

Neste mês, agentes de segurança do Irã usaram spray de pimenta e demoliram, de forma violenta, oito casas de famílias Bahá’í na província de Mazandaran. Somente neste ano, mais de 20 estudantes da mesma religião foram impedidos de se matricular em universidades do país. No início deste mês, o Ministério da Inteligência acusou a comunidade de espionagem e de propagar ensinamentos da religião para infiltrar-se nas instituições educativas iranianas. Os relatores da ONU pediram a libertação imediata de todos os detidos por causa da religião, e que o Irã preste contas da perseguição sistêmica de minorias religiosas por autoridades no país.