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Pandemia: Fiocruz indica redução da confiança na ciência e nas vacinas no Brasil

No total, foram entrevistadas 2.069 pessoas com 16 anos ou mais, entre agosto e outubro deste ano

Por Da Redação
Ás

Pandemia: Fiocruz indica redução da confiança na ciência e nas vacinas no Brasil

Foto: Bruno Concha / Secom Salvador

Um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na segunda-feira (12), mostra que, apesar da queda registrada durante a pandemia, a maioria dos brasileiros ainda confia na ciência. 

O levantamento mostra que os entrevistados têm percepções e atitudes positivas sobre vacinação de modo geral e, em particular, em torno dos imunizantes contra a Covid-19, que consideram seguros, eficazes e importantes para proteger a saúde pública e acabar com a pandemia. Os cientistas, especialmente aqueles de universidades e instituições públicas, também têm imagem positiva, sendo percebidos como honestos e responsáveis por um trabalho que beneficia a população. Apenas uma minoria (3,5%) afirma que a ciência não traz “nenhum benefício” para a humanidade. 

O estudo, realizado por meio de entrevistas domiciliares, pessoais e individuais, usando a técnica de survey, aponta ainda que a maioria dos brasileiros acredita que as mudanças climáticas estão acontecendo e têm como causa a ação humana. Além disso, os dados mostram que acredita-se que os cientistas permitiram que ideologias políticas influenciassem suas pesquisas sobre o coronavírus durante a pandemia. Mesmo assim, os brasileiros parecem não ter dúvidas sobre os benefícios associados ao desenvolvimento científico. 

No total, foram entrevistadas 2.069 pessoas com 16 anos ou mais, entre agosto e outubro deste ano. A margem de erro da pesquisa é de 2,2%, em um intervalo de confiança de 95%. 

A survey foi coordenada pelos pesquisadores Luisa Massarani, da COC/Fiocruz, Vanessa Fagundes, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Carmelo Polino, da Universidade de Oviedo (Espanha), Ildeu Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Yurij Castelfranchi, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Eles observam que a atitude das pessoas sobre a ciência, as vacinas e as mudanças climáticas, não depende apenas do conhecimento que possuem, mas também de valores, posicionamentos morais e visões políticas. “Isso indica um cenário de desafios para gestores, cientistas, educadores e profissionais de comunicação, que precisam desenhar estratégias de comunicação pública da ciência que levem em consideração as especificidades de local, perfil de público e contexto”, alertam os pesquisadores no resumo executivo do estudo Confiança na ciência no Brasil em tempos de pandemia, indicando caminhos para o enfrentamento da questão. 
 

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