Pátria e soberania

Por Editorial
Às

Pátria e soberania

Foto: Divulgação

Equivoca-se quem julga ufano todo e qualquer grau de patriotismo. Por certo, a devoção em demasia, o amor desvairado e o sentimento que extrapola a razão, coloca em dúvida a sensatez pontual de se defender a soberania nacional. O 7 de Setembro, quando se celebra a Independência do Brasil, é uma expressiva data cívica que convoca a população a este exercício de empatia ao país, que consiste também em pensar sobre a reputação brasileira perante o mundo.

Falar de soberania nacional passa necessariamente pela política e, inevitável, remete a episódios recentes de relações internacionais, no que diz respeito a direitos e deveres do Brasil na floresta Amazônica, onde não se deve, mesmo, aceitar qualquer tipo de ingerência de fora, supostas ameaças ou flertes de neocolonialismo em forma de “ajuda internacional”.

O Dia da Independência é, entre tantas razões, compreender que governar uma nação moderna é definir, com precisão, suas fronteiras e, obviamente, seu território. Lá em 1822, quando se dava mais um passo no processo de construção do Brasil como um Estado soberano, a emancipação – mesmo que relativa – perante Portugal ao menos eliminou qualquer chance do agora país se tornar novamente uma colônia, como é o caso, até hoje, só com outros nomes, da Guiana Francesa, que ainda pertence à França, ou Ilhas Malvinas, ainda território do Reino Unido.

A própria Constituição Federal coloca a soberania nacional em destaque. O inciso I do artigo 1.º coloca a soberania como o primeiro dos fundamentos da República. Significa, como Estado, exercer seu poder internamente, por meio de elaboração e da aplicação das leis, mas igualmente fomentar altivez em relação a outras nações, sem se sujeitar a interesses alheios.

Ser patriota não está relacionado ao uso do verde e amarelo, pendurar a bandeira nacional na janela ou brigar com amigos e familiares para defender este ou aquele governo. O patriotismo, sem ufanismos, requer apenas entender a importância e necessidade da soberania nacional, cuja manutenção é, hoje, um norte firme da política federal vigente.

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