Prisão de Bolsonaro gera críticas da oposição e celebração de governistas
Ministro Alexandre de Moraes decretou prisão domiciliar do presidente nesta segunda (4)

Foto: Agência Brasil e Câmara dos Deputados
Parlamentares da oposição criticaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por outro lado, aliados do governo do presidente Lula (PT) se mostraram felizes com a decisão e até comemoraram.
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, reagiu à decisão e disse que o ex-presidente é alvo de vingança política.
"A imposição de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro é uma decisão ilegítima, nula de origem e sem qualquer valor jurídico real. Foi proferida por um ministro da Suprema Corte que está sancionado internacionalmente pela Global Magnitsky Act, por graves violações de direitos humanos e abuso de autoridade", escreveu em nota à imprensa. Cavalcante ainda acrescentou: "Um agente público com esse histórico não possui mais legitimidade moral nem jurisdicional para decidir o destino de qualquer cidadão — muito menos de um ex-presidente da República".
Marcelo Van Hattem (Novo-RS) chamou de "absurda" a determinação. “Absurda prisão domiciliar de Bolsonaro no dia em que sai nova matéria da Vaza Toga sobre os abusos de Moraes no 8 de Janeiro”, afirmou.
O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que o ministro Alexandre de Moraes voltou a se exceder: "No mesmo dia em que a Vaza Toga revela novos abusos de Alexandre de Moraes, o ministro volta a se exceder e decreta a prisão de Jair Bolsonaro — o maior líder político da história do Brasil. Coincidência? Evidente que não. Trata-se de uma cortina de fumaça para abafar as denúncias trazidas pelas reportagens investigativas".
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a “medida não se deu apenas por descumprir as cautelares já impostas, mas por reincidir de forma deliberada, debochar da autoridade judicial e seguir atuando contra o Estado Democrático de Direito”.
“A resposta do Supremo foi proporcional à gravidade dos atos. A prisão domiciliar visa conter o comportamento reiterado de afronta às instituições e proteger a ordem pública até o fim do julgamento que tende a levar à sua condenação e à decretação definitiva da pena privativa de liberdade”, seguiu em uma mensagem na rede social X.
O deputado federal Alencar Santana (PT-SP), 1º vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, afirmou que a "democracia do Brasil se fortalece" diante da decisão do ministro Alexandre de Moraes.
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