A história já provou que o intelecto e perseverança do homem elucidam soluções durante adversidades, seja em meio a uma guerra, pandemia ou crise econômica. A humanidade persiste, encara de frente os problemas do seu tempo. A história conta como foi necessário às sociedades, ao longo dos séculos, criar, inventar e, principalmente, promover rupturas – dentro de um longo processo – nos padrões de comportamento.
A disseminação global da covid-19 (novo coronavírus), que também acarreta em crises políticas (às vezes, como no Brasil, muito mais pela tensão promovida por agentes políticos – a famigerada polarização – do que o vírus em si), é uma latente crise que os historiadores terão, daqui alguns anos ou décadas, transmitir de maneira isenta nos livros para as próximas gerações.
Por certo, é impossível se ter uma fórmula exata de como deverão narrar o período de uma pandemia que ainda está em curso – no Brasil, eternamente na eminência de um pico.
O certo é que terão muito trabalho para elucidar e compreender as mudanças que a pandemia imprime no mundo contemporâneo, apesar de dominar uma tecnologia avançada e acesso a recursos naturais e minerais para potencializá-la como for possível.
Uma observação do historiador paulista Cauê Caic Gomes a cerca do momento é bem ilustrativa. “A história nunca se repete, mas uma observação atenta permite compreender semelhanças e diferenças, traçar comparações e analogias que possam colaborar na construção de ações ou movimentos que tencionem enfrentar adversidades na atualidade”, explica o docente.
Neste contexto, um exemplo de superação de adversidade é a descoberta de Penicilina, um advento do início dos anos 30. A Europa, devastada pela Primeira Guerra Mundial, viu surgir, a partir de um experimento frustrado de Alexander Fleming, a penicilina, o antibiótico mais utilizado na contemporaneidade no tratamento contra bactérias. A penicilina inaugurou uma nova era no campo da Medicina.