Sintonia na política

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Sintonia na política

Foto: Divulgação

A independência dos Três Poderes é, por certo, um pilar essencial à democracia, no entanto, nenhuma nação permanece de pé sem a junção de forças na base. No Brasil, não raramente vieram à tona alguns atritos entre Executivo e Legislativo (leia-se Governo Bolsonaro e Câmara presidida por Rodrigo Maia), cujos ruídos e desavenças em nada avançaram com temas pertinentes – outros urgentes – ao país.

Falatório, velhas rusgas, ameaças, falsas promessas e tudo só sai do marasmo quando enfim as partes chegam a algum acordo. No fim, medir forças não cai bem para ninguém, seja ao presidente, seja ao parlamentar.

Na Reforma da Previdência, por exemplo, que atingiu o topo da agenda nacional e gerou – ainda gera – debates até mesmo entre a população e foi aprovada na Câmara inclusive com importantes votos de bancadas oposicionistas, pode-se falar que foi o ápice da aproximação entre Planalto e Congresso. O resultado foi celeridade na tramitação da matéria, que agora depende da mesma boa vontade dos senadores.

É o Brasil quem perde quando interesses pessoais de parlamentares ou de bancadas são colocadas à frente. Os embates não são proibidos, devem, sim, existir num regime democrático, mas as trocas de farpas e obstruções nestes nove primeiros meses pela nova governança nacional são terrivelmente corrosivas, tensionadas ao limite. O perigo é isso se tornar a política, e a política que de fato importa, virar um luxo ou mero badulaque de quem atua na Praça dos Três Poderes.

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