TCU determina retirada de anúncios publicitários do Banco do Brasil em sites de fake news
Segundo auditores do TCU, o banco gastou cerca de R$ 119 milhões com publicidade na internet

Foto: Divulgação | TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (27), a suspensão de anúncios publicitários do Banco do Brasil em sites, redes sociais e blogs acusados de compartilhar fake news.
A decisão foi tomada após uma solicitação do Ministério Público de Contas, que pediu a investigação de uma suposta interferência indevida na publicidade do Banco do Brasil feita pelo secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, e de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro. Segundo auditores do TCU, o banco gastou cerca de R$ 119 milhões com publicidade na internet.
Na semana passada, através de uma rede social, Carlos Bolsonaro chegou a reclamar da decisão do Banco em suspender o anúncio em um site acusado de propagar notícias falsas e o Banco do Brasil chegou a retomar a veiculação no site.
Na decisão, o TCU afirma que é "gravíssima" a acusação feita pelo Ministério Público de Contas de que recursos do Banco do Brasil “estão sendo drenados para financiar sites, blogs e redes sociais que se dedicam a produzir conteúdo sabidamente falso e disseminar fake news e discurso de ódio”.
O CGU deu um prazo de 90 dias de suspensão até que a Controladoria crie um grupo de autorregulamentação publicitária para definir os sites que podem receber anúncios do banco.