Uso de máscara não afeta respiração ou resposta cardíaca durante exercícios
Conclusão é do estudo feito por pesquisadores da USP

Foto: Reprodução/Shutterstock
Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que o uso de máscaras é seguro durante a prática de exercícios físicos em diferentes intensidades e que em nada afeta nos padrões de respiração e resposta cardíaca. Eles também reforçam a importância da proteção facial contra a transmissão de doenças respiratórias como a Covid-19 e a gripe Influenza.
Para análise, participaram 17 homens e 18 mulheres que realizaram testes cardiopulmonares em esteira. Os participantes fizeram duas sessões de corrida, uma com máscara de tecido de três camadas e outra sem o equipamento. Os especialistas avaliaram as respostas do organismo por meio da troca de gases expirados e inspirados durante o exercício em diferentes intensidades de esforço.
“O estudo mostra que os mitos de que o uso de máscara durante o exercício físico seria prejudicial, afetando, por exemplo, a saturação de oxigênio do sujeito, não se sustentam. O uso da proteção não alterou significativamente o funcionamento corporal durante a prática de exercício moderado a pesado”, afirmou Bruno Gualano, professor da Faculdade de Medicina da USP, em um comunicado.
De acordo com Gualano, como resultado notou-se que as pertubações provocadas pela máscara foram muito pequenas.
“A saturação de oxigênio, a frequência cardíaca, a percepção do esforço, os níveis de lactato (medida indicativa do equilíbrio ácido-base no organismo), a pressão arterial, tudo isso está dentro do esperado, mesmo com uso da máscara e em intensidades criticas”, afirmou.


