Veja o que dizem as defesas dos demais condenados pela trama golpista

Entre os pronunciamentos, alguns citam “injustiça”, alegam que provas foram ignoradas e mencionam o precedente do ex-presidente Fernando Collor

Por Da Redação
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Veja o que dizem as defesas dos demais condenados pela trama golpista

Foto: Reprodução / Redes Sociais, Valter Campanato / Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o trânsito em julgado (decisão que não se pode recorrer) à condenação dos integrantes do núcleo 1 da trama golpista. Os réus devem começar a cumprir suas penas em regime fechado.

Entre os pronunciamentos das defesas, alguns citam "injustiça", provas ignoradas, e precedente do ex-presidente Fernando Collor. Confira o que diz cada uma:

Alexandre Ramagem
O deputado federal se encontra nos Estados Unidos. Ele está considerado como "foragido" pela Suprema Corte. Ramagem afirmou estar seguro nos EUA e que tem "anuência" do governo americano. A declaração foi dada nesta segunda (24), em entrevista. 

"Nas palavras até do governo americano para mim: 'Que bom que temos um amigo que está em segurança, a salvo, aqui nos Estados Unidos'. Então, a gente tem esse apoio dos norte-americanos de tudo o que está acontecendo no Brasil", diz o deputado em entrevista ao blogueiro Allan dos Santos no canal Conversa Timeline, no YouTube.

Anderson Torres
A defesa do ex-ministro da Justiça lamentou a condenação e afirmou que foi recebida com serenidade pelo condenado. Ele se apresentou ao local onde cumprirá a pena. Segundo o advogado, a apresentação de um recurso estava sendo discutida quando recebeu a notícia da condenação. Leia a nota na íntegra:

"Anderson Torres recebeu com serenidade a comunicação do ministro Alexandre de Moraes, determinando seu recolhimento no 19º Batalhão da PM de Brasília.

O ex-ministro da justiça discutia com seus advogados a apresentação de recurso, cujo prazo final é o dia 03/12, quando recebeu a notícia da antecipação do trânsito em julgado e imediatamente, decidiu se apresentar no local designado para o cumprimento da pena.

Lamenta que as inúmeras provas que demostram não estar envolvido, direta ou indiretamente, com qualquer tentativa de golpe de estado, tenham sequer sido consideradas na decisão que o condenou a uma pena duríssima de 24 anos de prisão"

Braga Netto
O general, preso desde dezembro de 2024, deve continuar cumprindo pena. Em nota, a defesa lamentou a decisão e a considerou "injusta":

"Recebemos com indignação a decisão que declara o trânsito em julgado da condenação do General Braga Netto.

Atuamos com ética e lealdade processual desde o início do processo, portanto é lamentável que nossos recursos tenham sido considerados protelatórios. Se a decisão for confirmada pela Primeira Turma, a Corte perderá a oportunidade de corrigir um erro na soma das penas e de enfrentar os pontos de divergência da condenação.

Reafirmamos que a condenação do General Braga Netto é absolutamente injusta e contrária à prova dos autos. Infelizmente, vemos que o processo está terminando como começou: com a violação sistemática ao direito de defesa.

Seguiremos tomando todas as medidas cabíveis para defender os direitos do General Braga Netto, inclusive perante as Cortes Internacionais".

Augusto Heleno
A defesa do general e ex-ministro afirmou assistir com "profunda indignação" o fim do processo. Confira a nota:

"A legitimidade de um sistema de justiça é inseparável da confiança pública em sua imparcialidade. 

É com profunda indignação que assistimos a um processo que se desvia de sua finalidade, transformando-se em um julgamento de exceção. Quando a influência política e a narrativa se sobrepõem à análise técnica das provas, o Estado de Direito é ferido. A defesa da democracia exige que as instituições sejam e pareçam justas. 

Reafirmamos nossa absoluta convicção na inocência do General Augusto Heleno. Diante da ilegalidade e da perseguição, nossa luta pela anulação deste processo viciado e pelo reconhecimento formal de sua inocência será incansável e intransigente".

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