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Vício moderno: como a sensação de prazer intenso pode levar ao uso compulsivo

Especialista afirma que viver o tédio é importante para a saúde do cérebro

Por Da Redação
Ás

Vício moderno: como a sensação de prazer intenso pode levar ao uso compulsivo

Foto: Reprodução/Pixabay

Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo, a psiquiatra e professora da Universidade de Stanford, Anna Lembke, destaca que qualquer atividade ou substância capaz de proporcionar uma intensa sensação de satisfação, como sexo, dispositivos digitais, álcool e drogas, pode ser suscetível ao uso compulsivo. 

Especialista em vícios, ela ficou conhecida ao revelar porque é tão difícil desapegar dos hábitos persistentes que atrapalham nossa rotina. Trata-se de um desequilíbrio da dopamina, o neurotransmissor do prazer, que deixa um rastro de ansiedade e tristeza após inundar o cérebro. Segundo a psiquiatra, é importante saber como essa substância trabalha no corpo.  

“Nós temos que entender qual é a neurociência por trás das sensações de prazer e do sofrimento porque isso impacta diretamente em nosso bem-estar. Vivemos em um tempo, em espaços, que temos acesso a muitas substâncias altamente recompensadoras que não dá para simplesmente sair andando cegamente e achar que tudo vai ficar bem — porque não vai”, disse Lembke.

“O nosso tempo é cercado de aspectos altamente ‘dopaminérgicos’. Seja nas notificações dos celulares, ou até em consultas dos dentistas, onde há acesso a imagens e desenhos para crianças ao longo do tratamento. O efeito agregado de todas essas coisas “reforçadoras” é nos deixar infelizes, mais ansiosos e mais deprimidos. E até menos capazes de dormir. Temos que entender como nosso cérebro funciona para que possamos nos proteger”, completou. 

Além disso, a especialista afirma que o tédio é importante para a saúde do cérebro.  “Estamos tão excessivamente estimulados que vivemos constantemente reagindo a impulsos. São poucas as oportunidades de sentar e ficar quieto. Estamos intolerantes a estar entediados, algo que é muito importante para a saúde do cérebro. Precisamos do tédio, desse tipo de tempo para, por exemplo, reanalisar um problema grave em nossas vidas”, reforçou. 
 

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