Vídeo: "Ele pode falar o que ele quiser", afirma Coronel Chrisóstomo sobre críticas de Malafaia a Eduardo Bolsonaro
Para Chrisóstomo, falas do pastor, obtidas pela PF, podem ter sido feitas em um momento de tristeza e nervosismo

Foto: Farol da Bahia
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) comentou, nesta quinta-feira (21), sobre as falas do pastor Silas Malafaia nos áudios extraídos pela Polícia Federal (PF) do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao Farol da Bahia, o parlamentar afirmou que o líder religioso tem o direito de "falar o que quiser".
"Ele tem esse posicionamento dele e nós temos o nosso posicionamento. Eu não sei, na verdade, ao pé da letra, o que falou o nosso pastor Malafaia. Ele é um homem independente, é um pastor, um dos maiores dirigentes evangélicos do Brasil. Ele tem toda a sua liberdade para falar aquilo que ele pensa, aquilo que ele imagina, aquilo que ele supõe que está correto", declarou.
"Ele pode falar o que ele quiser, ele pode criticar qualquer homem público, independente de quem quer que seja, ele está dentro do processo legal", complementou.
Nas mensagens, enviadas em um relatório da PF ao Supremo Tribunal Federal (STF), Malafaia afirma que o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma sobretaxa de 50% contra importações brasileiras, é "sobre" Bolsonaro, frisando maneiras de aproveitá-lo na pauta da anistia, e critica a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em discursos considerados nacionalistas.
Sobre as críticas, Chrisóstomo ainda adicionou que as falas de Malafaia podem ter sido feitas em um momento de tristeza e nervosismo. No entanto, ele frisou que o incidente não deve afetar a direita.
"Quanto à relação dele [Eduardo] com o pastor Malafaia, esse momento é um momento em que as pessoas às vezes ficam chateadas, há um desencontro de informações também. Então, muita coisa do que se fala às vezes é um momento de tristeza, é um momento de nervosismo, mas a direita está muito forte e cada vez mais forte. Basta ter visto o que aconteceu ontem. Eu trabalhei, eu, meus assessores, deputados, trabalhamos para mudar a presidência da CPMI. Mostra que nós estamos fortes na direita", afirmou.
Eduardo nos EUA
Segundo Chrisóstomo, a ida de Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos foi planejada e esclarecida ao PL. Ele reforça que o partido apoiou e segue apoiando o trabalho do deputado no país norte-americano.
"Se nós formos verificar ponto a ponto o que o Eduardo Bolsonaro está fazendo, muita coisa não tem nada a ver com ele. Ele apenas apresenta para o governo americano o que está ocorrendo no Brasil, os fatos verdadeiros. E diante dos fatos, o governo americano faz a sua análise e implementa ações contra esse governo", pontuou.
No entanto, mesmo Eduardo sendo apontado como principal articulador para que o presidente dos EUA intervisse nas medidas determinadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, para Chrisóstomo, o tarifaço de Trump não tem "nada a ver" com Bolsonaro.
"O tarifaço está muito bem explicado pelo presidente Trump, dizendo que o tarifaço é contra um governo que não respeita a liberdade, que não respeita a sua população, que não respeita a oposição e que se une a países totalitários. Exemplo, Venezuela é democracia? Não é. O Hamas é de um país democrático? Não é. O Irã é democracia? Não. A China é democracia? Não. A Rússia é democracia? Não. Afinal de contas, que país é que ele defende que é democrático? Nenhum", afirmou.
"É em cima disso que o presidente Trump trabalha contra esse governo, um governo que apoia totalitários", complementou.
Veja declaração na íntegra:
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