Em participação no podcast Podomblé, do FB Comunicação, Mãe Rose de Oxum, líder do Ilê Axé Yê Omi Odé, enfatizou a singularidade da escolha dos orixás que regem cada terreiro de candomblé ao longo do ano.

A prática de atribuir a regência de um orixá a cada ano nos terreiros de candomblé foi abordada pela líder espiritual, que, há aproximadamente quatro anos, tem sido convidada para realizar previsões de final de ano. Mãe Rose destacou que a decisão sobre qual orixá estará à frente da casa, comunidade e, em certa medida, do mundo, é uma escolha individual de cada terreiro, e aqueles que desejarem seguir essa orientação estão livres para fazer. 

A sacerdotisa expressou sua discordância em relação à ênfase dada por alguns sacerdotes à determinação do orixá do ano. Ela compartilhou a opinião de Mãe Stella, enfatizando que as críticas frequentes entre diferentes casas sobre qual orixá está regendo o ano são desnecessárias.

Mãe Rose ressaltou que, em sua casa, a escolha do orixá que rege o ano é uma decisão interna e é esse orixá que será consagrado. Ela mencionou a curiosidade dos filhos durante as reuniões de dezembro, onde o orixá para o próximo ano é revelado, permitindo que todos se preparem adequadamente.

A sacerdotisa destacou a importância dos fundamentos do candomblé, incluindo o ebó específico orientado pelo jogo de búzios para encerrar e iniciar o ano. Ela enfatizou que a tradição vai além de seguir uma cor ou recomendação genérica.

"Então não é vamos todo mundo usar amarelo porque Mãe Rose disse que o ano é de Oxum. Não é desse jeito. Quem quer o candomblé pra vida, quem quer matrizes africanas pra vida, tem que procurar estudar e buscar os mais velhos. Eu espero estar aprendendo com os meus mais velhos para que um dia eu venho a ser mais velha para ensinar", afirmou. 

O Podomblé vai ao ar toda segunda-feira às 15h, para conferir o episódio completo, acesse o canal do YouTube FB Comunicação. 

Veja um trecho da entrevista abaixo: 

 

 

 

 

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