A inauguração do inaugurado

Por Editorial
Ás

A inauguração do inaugurado

Foto: Divulgação

A Bahia, assim como outras plagas Brasil afora, não escapam de anedotas políticas que persistirão no folclore local. São aqueles ocorridos que não raramente beiram o absurdo, um ou outro vexatório, ou mesmo espalhafatoso. A História e o jornalismo lembrarão de episódios da politica baiana, construídos principalmente por vaidades, excentricidades e duvidosas condutas éticas, mas os respectivos pormenores jamais podem ser abafados.

São a partir de elementos ‘das beiradas’ é que se entendem as reais intenções daqueles que querem ser eternos na Bahia, que devido ao cargo momentaneamente ocupado, se julgam acima do bem e do mal.

Talvez daqui algumas décadas o folclore político baiano contará sobre o dia em que o então governador Rui Costa armou um plano para se deslocar a Vitória da Conquista onde, supostamente, e em primeiro lugar, deveria inaugurar a Policlínica Regional de Saúde. No entanto, o que de fato ganhou holofotes e aparentemente parecia algo previamente bem costurado, foi à ida do petista ao já recém-inaugurado aeroporto local – pelo presidente Jair Bolsonaro – devido a um clamor da militância de esquerda, inclusive com prefeitos da região, secretários estaduais e deputados a postos, que aguardavam a chega de Rui.

Assim aconteceu a inauguração baiana do Aeroporto Glauber Rocha, uma espécie de inauguração à esquerda. A esdrúxula inauguração do inaugurado, como se a primeira, e oficial, fosse balela, simplesmente porque contou com a presença do mandatário brasileiro, o mesmo Bolsonaro que Rui Costa evitou dividir palanque na semana passada por, convenhamos, mazela partidária. O falatório e esbravejamento do governador durante a sua ‘inauguração’ é um capítulo a parte.

Se o esquema montado pelo PT para Rui Costa aparecer em Vitória da Conquista e forçar uma nova inauguração do aeroporto se tornará uma anedota na polícia baiana, apenas o tempo dirá. Mas que o tempo carregue as picuinhas políticas de políticos que insistem em manter a polarização no Brasil e, a partir desta divisão, moldar palanques e discursos populistas. 

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