Ex-presidente Michel Temer e mais sete são absolvidos em ação que o levou à prisão
As acusações envolviam corrupção e lavagem de dinheiro

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O ex-presidente Michel Temer (MDB) e outros sete réus que estavam envolvidos no processo aberto, iniciado a partir das investigações da Operação Radioatividade, foram absolvidos pela Justiça Federal de Brasília. Eles eram acusados de terem cometido corrupção e lavagem de dinheiro.
Além de Temer, foram beneficiados: o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia); o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva; o sócio da Engevix, José Antunes Sobrinho; o amigo do ex-presidente João Baptista Lima Filho, o coronel Lima; e os empresários Carlos Alberto Costa, Maria Rita Fratezi e Rodrigo Castro Alves Neves.
O ex-presidente foi condenado pelo pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e preso em 21 de março de 2019, mas deixou a prisão dias depois, ao ganhar um processo de habeas corpus.
O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, foi o responsável pela decisão de encerrar a ação. De acordo com Bastos, a denúncia era genérica e baseada exclusivamente na delação realizada pelo sócio da Engevix, que foi acusada pela Procuradoria-Geral da República de indícios de fraude em contratos realizados entre a Eletronuclear e as empresas AF Consult Ltd e Engevix, para projeto na usina nuclear de Angra 3.
Ele finalizou dizendo que os investigadores se limitaram a descrever crimes mas não conseguiram provar nada efetivamente.
O advogado do ex-presidente, disse em nota, que "as acusações nunca passaram de um 'delírio' e de uma investida 'inescrupulosa' contra Temer".