Julgamento do golpe: parlamentares reagem à maioria para condenação; confira

Deputados da base do governo comemoraram a decisão do STF, enquanto parlamentares da oposição reforçam o projeto de anistia

Por Da Redação
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Julgamento do golpe: parlamentares reagem à maioria para condenação; confira

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, na tarde desta quinta-feira (11). Parlamentares da base e da oposição, que acompanharam o julgamento e se manifestaram sobre a decisão.

Governistas

Em uma publicação nas redes sociais, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), declarou que hoje é um "dia histórico" para a democracia brasileira.

"Finalmente, Jair Bolsonaro e os militares que comandaram essa trama golpista estão condenados, em um voto histórico, memorável da ministra Cármen Lúcia", afirmou o parlamentar, em um vídeo publicado no X (antigo Twitter).

O deputado ainda afirma esperar que a história de anistia "esteja definitivamente enterrada".

"É uma vitória de um país com uma grande democracia, uma democracia cada vez mais reconhecida no mundo inteiro", complementou em outra parte do vídeo.

Já o deputado Rogério Correia (PT-MG), que também esteve presente no STF, declarou que espera que "a pena seja aplicada imediatamente". Para ele, o placar do julgamento será de "4 a 1".

"É um dia importante para o país e merece comemoração", afirmou.

Ele também comentou sobre o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. "Anistia já nasceu morta", declarou.

Oposição

O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), categorizou os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes como "promotores de acusação" e Flávio Dino como "político".

"Não estamos surpresos com o resultado, já era esperado. Saímos daqui com a certeza que não houve o devido processo legal", afirmou.

Em outro momento, o parlamentar chegou a chamar o julgamento de "teatro" e afirmar que trabalhará para que a anistia seja pautada na Câmara.

"Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade, mas com muita firmeza, em diálogo presente com os líderes dos demais partidos, porque nós não admitimos, após assistir esse teatro, que pessoas que cometeram crime, assalto a banco, sequestro de embaixadores, homicídios, guerrilheiros, estejam anistiados e a Débora do Batom esteja presa em regime fechado", declarou, citando a mulher condenada a 14 anos por pichar a estátua A Justiça no 8 de janeiro.

Já o deputado Evair de Melo (PL-ES) afirmou que a ministra Cármen Lúcia tratou o voto com "desprezo", alegando que ela estava "claramente cansada e fadigada".

* Com informações da CNN.

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