Reforma do funcionalismo

Foto: Reprodução/Ilustração
Tema de distintos governos que ocupam o Palácio do Planalto nos últimos anos e décadas, a Reforma Administrativa é mais uma pertinente e urgente mudança nas estruturas dos cofres públicos do Brasil. Mas sempre encontra resistências por ser uma Reforma que mexe com brios e na estabilidade de muitos.
No plano do ministro da Economia Paulo Guedes, a Reforma do funcionalismo deveria ser enviada ainda esta semana ao Congresso, mas o projeto terá de esperar mais um pouco. Ordens supostamente do Planalto.
O foco da Reforma Administrativa é a redução de benefícios para funcionários públicos, mas apenas os futuros, ou seja, não mexeria sequer uma vírgula nas regalias de muitos servidores em atividade.
Integrantes do governo ainda resistem ao assunto com certo exagero. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, por exemplo, temem uma reação por parte do funcionalismo que possa desencadear grandes manifestações como as de Chile, Equador e Bolívia.
Por outro lado, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, sinaliza que quer, sim, tramitar o quanto antes o projeto. O acordo era que fosse apresentado logo para que os deputados já dessem início ao trâmite.
O gasto da máquina pública com pessoal é astronômico e, tendo a oportunidade para levar um projeto de contenção de custos ao Plenário, esta brecha deve ser preenchida. Postergações constantes enfraquecem a intenção e podem colocá-lo em ostracismo e repetir o erro de governos anteriores. Uma revisão complexa, mas necessária.