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No The New York Times, Lula diz a Trump que Brasil está aberto a negociar, mas que soberania e democracia não estão em disputa

Presidente critica tarifas de Trump, nega perseguição a Bolsonaro e defende decisão do STF que condenou ex-presidente a 27 anos

Por Da Redação
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No The New York Times, Lula diz a Trump que Brasil está aberto a negociar, mas que soberania e democracia não estão em disputa

Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/The New York Times

Em artigo publicado neste domingo (14) no jornal norte-americano The New York Times, o presidente Lula (PT) acusou o governo dos Estados Unidos de tentar garantir "impunidade" para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), através do tarifaço e aplicação da Lei Magnitsky

Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão, na última quinta-feira (11), por tentativa de golpe de Estado.

"Estou orgulhoso da Suprema Corte brasileira pela sua decisão histórica de quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado democrático de direito”, declarou Lula. 

O presidente negou que o julgamento de tenha sido uma "caça às bruxas", termo usado por Donald Trump na carta que anunciou o tarifaço e pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, após condenação de Bolsonaro.

Em meio as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, vigentes desde o mês de agosto, Lula disse estar aberto para negociar com Trump, “mas a democracia e a soberania brasileira não estão na mesa". 

O brasileiro disse ainda que alegações de que o Brasil teria práticas injustas no comércio digital e em serviços de pagamentos eletrônicos, por supostamente priorizar o Pix, não têm base.

"Ao contrário de ser injusto com os operadores financeiros dos EUA, o sistema digital de pagamentos brasileiro, conhecido como Pix, permitiu a inclusão financeiras de milhões de cidadãos e empresas. Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia".

Na mesma investigação, a administração de Trump disse que “o Brasil aparentemente não está fazendo cumprir de maneira eficaz as leis e regulamentações destinadas a combater o desmatamento ilegal". Sobre isso, Lula disse que, nos últimos dois anos, o Brasil reduziu "pela metade a taxa de desmatamento na Amazônia".

O presidente também defendeu a justiça brasileiro das acusações de mirar e censurar empresas de tecnologia norte-americanas e classificou as alegações como falsas. 

“É desonesto chamar a regulação de censura, especialmente quando o que está em jogo é a proteção das nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio".

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