VÍDEO: Lindbergh Farias critica decisão da Mesa Diretora sobre protestos bolsonaristas na Câmara: "A gente esperava muito mais"

BRASÍLIA - O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, criticou, nesta terça-feira (12), a decisão da Mesa Diretora da Casa de encaminhar à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra as condutas dos parlamentares que ocuparam o plenário e obstruíram trabalhos do Congresso, em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última semana.

"Acho que a decisão da mesa foi uma decisão muito ruim de sexta-feira passada, porque a gente esperava muito mais, porque teve deputado botando perna na frente para o presidente da Câmara não passar", declarou Farias.

Questionado sobre quais seriam as próximas providências tomadas pela bancada do governo, o deputado afirmou que pretende apresentar uma questão de ordem solicitando uma nova reunião da Mesa Diretora.

"Eu vou apresentar uma questão de ordem para que a mesa volte a usar o ato que foi usado como instrumento de afastamento do Jean Nunes e do Gilvan da Federal. Ou seja, a gente vai fazer uma questão de ordem pedindo que a mesa se reúna novamente", revelou.

"A gente não vai ter essa pressão, a gente acha que foi um absurdo o que aconteceu na semana passada. Então, eu acho que eles vão voltar a fazer algo, eles estão na linha, isso até o julgamento do Bolsonaro, se não forem responsabilizados, você pode anotar aí o que eu estou lhe falando. Eles vão fazer mais coisas, eles vão desafiando, essa é a linha, eles parecem sem limites", pontuou.

O líder do PT chega a citar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como principal articulador das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e afirma que ele tem que ser afastado de seu mandato. "Olha o que Eduardo Bolsonaro está fazendo contra um país inteiro, uma atitude criminosa, esse é outro, tem que ter um mandato afastado", declarou.

Questionado sobre os pedidos de cassação circulando na Câmara, Farias reiterou que existem pedidos contra o mandato dos deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (PL), condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"Só eu, tem dois pedidos de cassação do Eduardo Bolsonaro, tem um pedido de prisão preventiva que está com o ministro Alexandre, e também da Carla Zambelli, porque a Carla Zambelli, eu quero dizer uma coisa aqui para você, a Carla Zambelli, a decisão do Supremo é para que a mesa afastasse, porque o caso já teve trânsito julgado. Aí inventaram uma história de jogar para a CCJ, e esse negócio está lá, e agora querem escutar testemunhas. Então, a gente quer providência em quem sequestrou a mesa, e o afastamento do Eduardo Bolsonaro e da Carla Zambelli", afirmou.

Veja a entrevista: