Em meio a tarifaço, Jerônimo inaugura escritório da ApexBrasil na Bahia para ampliar exportações; assista

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), oficializou nesta segunda-feira (18) o lançamento do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) no estado. A medida acontece no mesmo mês em que passou a valer o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A assinatura do termo de autorização aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador, e contou com a presença de autoridades, políticos e especialistas do meio econômico como o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana; o diretor da presidente da BahiaInveste, Paulo Guimarães; além da presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella.

Em entrevista coletiva, Jerônimo destacou que Apex é uma agência do governo que articula e fortalece a capacidade do Brasil de exportar os mais diversos produtos e serviços. “É uma agência que media reuniões e intercâmbio entre empresários internacionais e estrangeiros aqui no Brasil, mas também promove, além de capacitação, visitas de empresários com potencial de exportador fora do país”, reforçou.

A Apex é um órgão do Ministério da Indústria e Comércio, lançado em 2003. A chegada da sede à Bahia tem o objetivo de atuar de maneira regional, com foco na busca por novos mercados.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou pneus, água de coco, frutas frescas, celulose e cacau em pó como os principais itens da exportação baiana dependentes do mercado dos Estados Unidos, ressaltando que o foco será nos produtos que ainda não têm outros destinos comerciais.

“A dependência é fatal. Precisamos encontrar soluções. Já está tudo mapeado, porque é fundamental entender o problema para pensar no remédio (…) Estou muito feliz, pois sei que vai dar certo. Vai andar, e vai andar rápido. A Bahia pode ajudar e ensinar ao Nordeste o caminho da exportação”, afirmou.

Jorge também comentou sobre os acirramentos políticos ao redor do mundo e criticou o comportamento de alguns brasileiros nos EUA, que, segundo ele, expõem “o que há de pior”.

“O momento que vivemos é de grande tensão global: guerras, genocídio na Faixa de Gaza, e nos Estados Unidos um governo com posicionamento firme. Meu foco é garantir que o comércio entre Brasil e EUA siga adiante. Mas o que vem pela frente é pesado e desafiador, e precisamos usar o que temos de melhor. Sei que há brasileiros que estão lá expondo o pior; é uma escolha”, declarou.

As tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros impostas por Trump entraram em vigor no dia 7 deste mês. Um estudo divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), prevê que a Bahia será o estado da região mais afetado pela medida.

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