Primeiro dia do julgamento de Bolsonaro contou com provas de Gonet, recado de Moraes e defesa dos acusados
Sessão será retomada nesta quarta-feira (3); defesas do ex-presidente e de três generais serão ouvidas

Foto: Antonio Augusto e Gustavo Moreno/STF
O primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus contou com provas da trama golpista levantados pelo chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, um recado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator Alexandre de Moraes, e a defesa dos acusados pelo suposto golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.
A sessão será retomada nesta quarta-feira (3), a partir das 9h e ocorrerá somente até às 12h. Nela, as defesas do ex-presidente e de outros três generais serão ouvidas.
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Pela manhã da última terça-feira (1), Moraes leu o relatório da ação penal. Este documento contém o resumo das etapas percorridas no processo, desde as investigações iniciais até as alegações finais. O ministro também foi o primeiro a falar sobre pressões internas e externas sobre a Corte, além de destacar que o papel do Supremo é "julgar com imparcialidade e independência".
Gonet citou as provas da trama golpista em sua acusação. Com a justificativa de que não é preciso uma assinatura para se configurar o crime de golpe de Estado, o procurador-geral da República pediu a condenação de todo o núcleo crucial.
Os advogados dos réus contestaram as acusações. A primeira defesa a se pronunciar foi a do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que reforçou a validade da delação premiada.
Depois, Paulo Cintra fez a defesa do ex-chefe da Abin e deputado federal, Alexandre Ramagem, seguida de uma bronca da ministra do Supremo Cármen Lúcia, que o corrigiu o advogado ao tratar o voto impresso e o voto auditável como sinônimos.
Por fim, ocorreram as defesas do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, com o advogado Demóstenes Torres, e do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, com Eumar Novacki.
Em função do cansaço dos envolvidos no julgamento, Cristiano Zanin suspendeu a sessão logo em seguida, antes das 19h, quando estava previsto o encerramento.
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