Hugo Motta diz que não conduzirá a Câmara com "força bruta" e sim com "diálogo"
Fala do presidente da Câmara ocorre horas após o plenário da Casa ser desocupado pelos parlamentares que protestavam contra a prisão de Bolsonaro

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que irá rejeitar a "força bruta" na condução dos trabalhos na Casa. A declaração ocorre após os parlamentares da oposição desocuparem os plenários do Congresso, obstruídos em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Se só é possível defender a democracia por meio da força bruta, então não temos democracia! Enquanto muitos torcem por atos arbitrários e violentos, quero reforçar que eu sou guiado por Deus, primeiramente, e pela paz. O diálogo será sempre a ferramenta utilizada por mim para estar à frente da Câmara dos Deputados, a Casa do Povo", declarou Motta à CNN.
Mesmo priorizando o diálogo, o presidente da Câmara negou, nesta quinta-feira (7), ter negociado contrapartidas envolvendo a pauta da Casa com membros da oposição para que o plenário fosse desocupado.
Motta afirmou que a presidência da Casa é “inegociável” e revelou que deve tomar “providências” até o fim do dia contra os deputados que obstruíram os trabalhos desde a última terça-feira (5).
"Providências serão tomadas até o final do dia de hoje", afirmou Motta.
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